O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) concluiu, na quinta-feira (27/11), a 8ª etapa da Operação Tamoiotatá 5, com resultados expressivos no combate ao desmatamento ilegal no sul do Estado. As ações foram realizadas simultaneamente nos eixos Apuí e Humaitá e resultaram na aplicação de R$ 13.113.929,50 em multas ambientais.

Durante a operação, as equipes percorreram mais de 3,5 mil quilômetros para fiscalizar áreas identificadas previamente pelo Centro de Monitoramento Ambiental e Áreas Protegidas (CMAAP). A força-tarefa atuou nos municípios de Manicoré, Novo Aripuanã, Apuí, Maués, Humaitá, Canutama e Lábrea, regiões consideradas de alta pressão ambiental.

No eixo Apuí, foram fiscalizados 28 polígonos de desmatamento, com a autuação de 12 infratores e o embargo de 2.207,7546 hectares, o equivalente a cerca de 3 mil campos de futebol. Somente nesta região, o valor das multas chegou a R$ 9.347.263,50. A maioria dos infratores identificados é oriunda de outros estados, como Rondônia, Mato Grosso e Paraná.

De acordo com o diretor-presidente do Ipaam, Gustavo Picanço, a ação reforça o compromisso do Estado no enfrentamento aos crimes ambientais. “A cada etapa reafirmamos que não toleraremos crimes ambientais no nosso território. Seguimos ampliando nossa capacidade de monitoramento e fiscalização para garantir a proteção das nossas florestas e responsabilizar quem insiste em agir à margem da lei”, destacou.

Já no eixo Humaitá, a fiscalização resultou em nove autos de infração e 16 termos de embargo, totalizando 789,0401 hectares interditados e R$ 3.766.666 em multas. Também foram inutilizados nove fornos de carvão utilizados em atividades ilegais, sendo três em Humaitá e seis em Lábrea.

Os autos de infração foram fundamentados na Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998) e no Decreto nº 6.514/2008. Os recursos arrecadados são destinados ao Fundo Estadual de Meio Ambiente (Fema), que financia ações de proteção ambiental no Amazonas.

A Operação Tamoiotatá 5 conta com apoio integrado de diversos órgãos estaduais e deve ter novas etapas para ampliar o monitoramento, coibir queimadas e conter a expansão do desmatamento, inclusive em áreas de difícil acesso, com apoio de tecnologia e imagens de satélite.